segunda-feira, 27 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
SATANÁS E A LENTA CONSTRUÇÃO DA MENTALIDADE

Satanás é paciente! Ele planta a semente do mal e a cultiva por longos e longos anos, até vê-la frutificar. Prova disso é o modo como age para corromper a mentalidade universal. Na busca desse objetivo tão vasto, ele não se intimida. Aos poucos, sem forçar, por décadas a fio, o diabo vai instilando na mente das pessoas o que é do seu interesse. A mídia, a política, a filosofia e a religião são, talvez, os instrumentos mais eficazes que usa. Utilizando esses veículos, Satanás dá lenta e sutilmente aos seus ensinos uma coloração bonita. Em seguida, sugere que quem discorda deles é pessoa atrasada, ignorante ou ingênua. Finalmente, depois de acostumar a cabeça das pessoas com o que quer que elas aceitem, eleva à categoria de crime qualquer manifestação contrária aos seus pensamentos diabólicos.
Tudo isso leva tempo. Mas tempo Satanás tem de sobra. E ele não tem pressa. Se quer conquistar uma geração para si, investe nas três ou quatro gerações anteriores àquela, lançando as bases para a futura mentalidade perversa. Essa mentalidade acolherá, então, tudo que o diabo ama e verá com naturalidade a banalização do sexo, a destruição da família e a ridicularização da Palavra de Deus.
Foi por meio dessa estratégia que a cultura pós-moderna nasceu. Há cerca de duzentos anos, o diabo, por meio de seus ministros, fez o mundo acreditar que a chave para o encontro da verdade estava na razão humana (racionalismo). Segundo essa proposta, nada que não pudesse ser comprovado racionalmente devia ser recebido por pessoas cultas e inteligentes que realmente quisessem conhecer a verdade.
Ocorreu, porém, que a razão humana mostrou-se ineficaz para a obtenção das respostas que o coração humano perseguia. Então, aos homens decepcionados e frustrados, Satanás, pela boca dos seus arautos, propôs outra mentira. Desejando confundi-los novamente, e lançando já as sementes do pensamento pós-moderno, disse que a verdade podia ser conhecida por intermédio de alguma forma de experiência vivida pelo indivíduo (existencialismo). Os homens acreditaram nisso e buscaram essas experiências tanto no prazer como em coisas corriqueiras e até nas drogas. Mais uma vez, porém, a desilusão invadiu o coração das pessoas.
Foi aí que, tendo provocado intencionalmente tanta frustração nas pessoas das outras gerações, Satanás finalmente propôs aos homens das últimas décadas que não há verdade alguma para ser buscada. Maliciosamente, sem deixar que suspeitassem que tudo tinha sido armação dele, mostrou o quanto as gerações dos dois últimos séculos se afadigaram inutilmente na procura de uma base fixa para o pensamento. Em seguida, disse aos que viviam sob sua influência que eles deviam cessar essa busca sem sentido. Ousadamente ensinou que a verdade única não existe, que cada um tem a sua verdade particular, devendo viver conforme os ditames de seu próprio coração.
Foi como se o diabo literalmente dissesse aos filósofos do nosso tempo: “Vejam como aqueles antigos perseguidores da verdade foram pessoas perdidas e confusas. Vejam como foram infelizes e não chegaram a lugar algum. Isso aconteceu porque eles perderam tempo crendo que a verdade objetiva existe. Quanta tolice! A verdade depende de cada um. Cada indivíduo a cria conforme quer. Essa é a resposta. Querem ser livres e felizes? Aceitem isso!”. Então, primeiro, os filósofos recentes, e, depois, toda a nossa geração, compraram a nova proposta satânica.
Vê-se assim que, de todas as levas da humanidade, a nossa foi aquela a quem Satanás mais demonstrou seu ódio mortal. Sim, pois, se para as gerações passadas, ele ofereceu frutos de cera, para a nossa ele deu arsênico. É certo que o racionalismo e o existencialismo, belas maçãs artesanais, não podiam dar vigor, mas pelo menos não exterminavam (em suas melhores expressões) as noções de decência, honra e virtude que tanto nos distinguem dos animais. Para o homem pós-moderno, porém, o diabo não ofereceu uma maçã de cera. Ele lhe ofereceu uma maçã envenenada. Primeiro mostrou-lhe o gosto amargo do fruto artificial comido pelos antigos e, depois, em seu lugar, ofereceu-lhe a maçã envenenada do total subjetivismo moral, filosófico e religioso.
E as pessoas do nosso tempo comeram essa maçã. Comeram e morreram! Morreram para qualquer interesse pela verdade, para qualquer conceito de certo e errado. Morreram também para as noções de dignidade. Que triste constatação: nosso tempo produziu pessoas que são sepulcros dentro dos quais jazem apodrecidas as mais elementares reminiscências da moral, da integridade e da honra! E provas disso estão nos jornais: nossos líderes políticos, por exemplo, sem se importar em distinguir o certo do errado, proíbem a correção de crianças, acolhem assassinos internacionais e apoiam horrendas perversões sexuais, inclusive com recursos do Estado. O homem de bem que se insurge contra essas coisas corre o risco de ser punido como criminoso e o povo ao redor contempla a ruína de tudo que é decente e justo sem sequer franzir a testa. Aliás, muitas vezes até faz piadinhas!
A história do homem nos últimos duzentos anos é, pois, a história da construção satânica de uma mentalidade vil, hoje reinante no mundo inteiro. É triste, mas pelo menos esse quadro desalentador fornece uma compreensão mais clara do que Jesus, a Verdade em pessoa, quis dizer quando questionou: “Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?” (Lc 18.8). E não somente isso. O tempo em que vivemos, dada a sua maligna forma de pensar, serve para encorajar os crentes a ouvir com um sentimento de urgência maior as palavras do apóstolo: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente...” (Rm 12.2). Maranata!
Por: Pr. Marcos Granconato
Retirado do site: http://www.igrejaredencao.org.br
segunda-feira, 6 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
A SANTIDADE DE DEUS

Ao discutir a santidade de Deus, novamente começamos no ponto de Sua auto-suficiência. Moisés diz em Êxodo 18:11: “Agora sei que o SENHOR é maior que todos os deuses; porque na coisa em que se ensoberbeceram, os sobrepujou”. Em 1 Samuel 2:2, Ana louva a Deus quando ela diz: “Não há santo como é o SENHOR; porque não há outro fora de ti; e rocha nenhuma há como o nosso Deus”. Assim, a santidade de Deus reside em Sua incomparável auto-existência. Deus não tem santidade, mas Ele é santidade. O profeta Amós salienta isso nessas palavras: “Jurou o Senhor JEOVÁ, pela sua santidade, que dias estão para vir sobre vós, em que vos levarão com anzóis e a vossos descendentes com anzóis de pesca” (Amós 4:2). O Senhor não poderia jurar pela Sua santidade se Sua santidade não fosse idêntica a Si mesmo.
Por santidade de Deus, portanto, queremos dizer a absoluta pureza interna de Deus. Deve ser naturalmente esperado que, quando esse atributo de Deus é expresso na revelação de Deus ao homem, ele requer sua pureza completa. Essa pureza completa no homem consiste na dedicação completa da atividade moral do homem para a glória de Deus. Negativamente, isso necessariamente se expressará como separação do pecado.
No Antigo Testamento essa expressão negativa da santidade de Deus é apresentada fortemente. Há toda uma maneira de dedicação a Deus de pessoas e coisas de um uso secular para um uso sagrado. A idéia é que, por causa do pecado, o todo da vida humana se tornou profanado. Não que isso fosse originalmente assim; totalmente o contrário. O “secular”, como tal, não é mal. Ele se tornou mal por causa do pecado do homem. A teologia barthiana não sustenta a queda do homem na história e, consequentemente, não pode fazer justiça à distinção bíblica entre o sagrado e o secular. A visão de Barth realmente se resume em dizer que há mal na matéria per se. É, portanto, impossível, segundo Barth, que deva existir quaisquer atos feitos pelo homem temporal que sejam verdadeiramente santos, mesmo no princípio. Não pode realmente existir nada sagrado como distinto de atos não-sagrados dele.
A posição de Barth não é radicalmente diferente da do modernismo. Ela não tem lugar para o que é verdadeiramente santo neste mundo, porque ela não crê numa criação original perfeita, nem numa queda histórica. E nem ela crê num Deus santo auto-suficiente por detrás do mundo. Se cresse, também teria que crer numa criação temporal e na queda do homem na história.
No Novo Testamento, a expressão positiva da santidade de Deus é mais forte do que negativa. Deus quer que Seu povo, deliberadamente, pelo dom de Sua graça, dedique-se a Ele. É o Espírito Santo que cria no homem uma verdadeira santidade a Deus. Certamente, o aspecto negativo não desapareceu. Ele se mostra na punição dos ímpios, daqueles que rejeitam o Santo. O castigo eterno para o ímpio é o resultado natural da santidade de Deus.
Cornelius Van Til,
Retirado do site: www.monergismo.com
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