segunda-feira, 22 de março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
A Moeda Corrente do Céu

"Só uma vida, logo passará; apenas o que foi realizado para Cristo durará".
Quando meu cunhado Jim tinha 18 anos, recebeu o diagnóstico de que tinha um tumor cerebral maligno e que teria apenas alguns meses para viver. Entretanto o Senhor tinha outros planos, e após o tratamento, Jim viveu uma vida plena durante os vinte e dois anos que se seguiram. Neste último verão o tumor inesperadamente retornou, e desta vez ficou claro que os tratamentos médicos não iriam salvá-lo. Novamente disseram-lhe que só lhe restavam alguns meses de vida, e desta vez era verdade.
Durante seu culto fúnebre, o pastor pregou uma mensagem de salvação, porque era o que Jim desejava. Durante o culto, foi dada oportunidade para que as pessoas pudessem falar sobre Jim. Uma por uma, as pessoas compartilhavam breves histórias que se lembravam. E como cores que se iam acrescentando sobre uma tela, um retrato começou a emergir.
Havia histórias sobre as muitas viagens missionárias que Jim havia realizado. Recordações de aguardar por Jim enquanto ele terminava de conversar com um estranho que ele tinha ajudado. Histórias de ir a um passeio algumas semanas antes que Jim morresse e vê-lo derramar-se em lágrimas de preocupação por três amigos pelos quais ele estava orando, pedindo que viessem a conhecer o Senhor Jesus. Uma observação simples, mas profunda, resumiu as coisas: "Jim era um irmão para qualquer que precisasse de um, e um amigo para qualquer que desejasse um”.
Refletindo depois, eu pensei, "foi exatamente o culto que Jim desejava". Não por razões superficiais tipo, quais pessoas vieram, ou quais cânticos tinham sido escolhidos, mas por causa do modo como ele foi lembrado. A conduta externa de Jim durante sua vida refletia os valores internos mais importantes para ele. Como resultado, mesmo quando nos lembramos do seu passado, as recordações que ele deixou conosco mantinham-se apontando para o seu futuro.
Outra observação durante o funeral me fez levar muito mais tempo para que eu pudesse absorvê-la completamente. Quando Jim foi informado que só teria alguns meses a mais de vida, não fez nenhum ajuste significante no seu dia a dia. Pense nisso! Se você só tivesse dois meses a mais de vida, gastaria este tempo vivendo precisamente como vive agora? O próximo fim de semana se assemelharia ao passado, se você só tivesse apenas um punhado de fins de semana para viver? No caso de Jim, sua vida diária foi afinada à freqüência das prioridades que ele já tinha definido, assim, havia muito pouco para mudar.
Tudo isso me fez enfrentar a questão: "Que prioridades e valores definem minha vida?" Muito freqüentemente sou inclinado a responder esta questão baseado em minhas intenções em lugar de minhas ações, ou seja, naquilo que sei que meus valores deveriam ser. Mas realmente, nossas ações são a indicação mais verdadeira. Nesta base, meu desempenho não é tão bom como eu gostaria. Graças a Deus, cada um de nós tem a oportunidade de proativamente moldar as características definidoras de nossa vida, se estivermos dispostos a fazer o esforço exigido para alcançarmos este objetivo. Gosto muito da história de Alfred Nobel, relatada por Randy Alcorn em seu livro "A Chave do Tesouro":
Alfred Nobel derrubou o jornal e levou as mãos à cabeça. Foi no ano de 1888. Nobel era um químico sueco que fez fortuna ao inventar e produzir a dinamite. Seu irmão Ludvig havia morrido na França. Mas agora a aflição de Alfred pela morte do irmão transformou-se em completo desânimo. Ele tinha acabado de ler seu obituário em um jornal francês - não o obituário do seu irmão, mas o seu próprio! Um editor tinha confundido os irmãos. A manchete dizia "O Comerciante da Morte Está Morto". O obituário de Alfred Nobel descrevia um homem que tinha ficado rico ajudando pessoas a se matarem. Chocado por esta avaliação de sua vida, Nobel resolveu usar sua riqueza para mudar seu legado. Quando morreu oito anos depois, deixou mais de 9 milhões de dólares de fundos para premiar pessoas cujo trabalho beneficiasse a humanidade. Os prêmios ficaram conhecidos como Prêmio Nobel. Alfred Nobel teve uma oportunidade rara - olhar para a avaliação do final de sua vida e ainda ter a chance para mudá-la. Antes de sua vida acabar, Nobel teve a certeza de que tinha investido sua riqueza em algo de valor duradouro.
Cada um de nós escolhe, ativa ou passivamente, como investimos nosso tempo e tesouro. O homem sábio investe sua vida cuidadosamente, usando as moedas correntes temporárias desta vida para ganhar riquezas que sempre durarão.
Mark Biller - Retirado do site: www.ganancia.com.br
segunda-feira, 8 de março de 2010
Estratégias Para Lutar contra a Lascívia

Estou pensando em homens e mulheres. Para os homens, isto é óbvio. É urgente a necessidade de lutar contra o bombardeamento de tentações visuais que nos levam a fixar-nos em imagens sexuais. Para as mulheres, isto é menos óbvio, porém tal necessidade se torna maior, se ampliamos o escopo da tentação de alimentar imagens ou fantasias de relacionamentos. Quando uso a palavra “lascívia”, estou me referindo principalmente à esfera dos pensamentos, imaginações e desejos que visualizam as coisas proibidas por Deus e freqüentemente nos levam a conduta sexual errada.
Não estou dizendo que o sexo é mau. Deus o criou e o abençoou. Deus tornou o sexo agradável e definiu um lugar para ele, a fim de proteger sua beleza e poder — ou seja, o casamento entre um homem e uma mulher. Mas o sexo tornou-se corrompido pela queda do homem no pecado. Portanto, temos de exercer restrição e fazer guerra contra aquilo que pode nos destruir. Em seguida, apresentamos algumas estratégias para lutar contra desejos errados.
Evitar — evite, tanto quanto for possível e sensato, imagens e situações que despertam desejos impróprios. Eu disse “tanto quanto possível e sensato”, porque às vezes a exposição à tentação é inevitável. E usei os termos “desejos impróprios” porque nem todos os desejos por sexo, alimento e família são maus. Sabemos quando tais desejos são impróprios, prejudiciais e estão se tornando escravizantes. Conhecemos nossas fraquezas e o que provoca tais desejos. Evitar é uma estratégia bíblica. “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça” ( 2 Tm 2.22). “Nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rm 13.14).
Não — diga “não” a todo pensamento lascivo, no espaço de cinco segundos. E diga-o com a autoridade de Jesus Cristo. “Em nome de Jesus: Não!” Você não tem mais do que cinco segundos. Se passar mais do que esse tempo sem opor-se a tal pensamento, ele se alojará em sua mente com tanta força, a ponto de se tornar quase irremovível. Se tiver coragem, diga-o em voz alta. Seja resoluto e hostil. Como disse John Owen: “Mate o pecado, se não ele matará você”.1 Ataque-o imediatamente, com severidade. “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
Voltar — volte seus pensamentos forçosamente para Cristo, como uma satisfação superior. Dizer “não” será insuficiente. Você tem de mover-se da defesa para o ataque. Combata o fogo com fogo. Ataque as promessas do pecado com as promessas de Cristo. A Bíblia chama a lascívia de “concupiscências do engano” (Ef 4.22). Tais concupiscências mentem. Prometem mais do que podem oferecer. A Bíblia as chama de “paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância” (1 Pe 1.14). Somente os tolos cedem a elas. “Num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro” (Pv 7.22). O engano é vencido pela verdade. A ignorância é derrotada pelo conhecimento. E tem de ser uma verdade gloriosa e um conhecimento formoso. Esta é razão por que escrevi o livro Vendo e Provando a Cristo (Seeing and Proving Christ — Crossway, 2001). Preciso de breves retratos de Cristo para me manter despertado, espiritualmente, para a sublime grandeza do Senhor Jesus. Temos de encher nossa mente com as promessas e os deleites de Jesus. E volvermo-nos imediatamente para tais promessas e deleites, depois de havermos dito “não”.
Manter — mantenha, com firmeza, a promessa e o deleite de Cristo em sua mente, até que expulsem a outra imagem. “Olhando firmemente para... Jesus” (Hb 12.2). Muitos fracassam neste ponto. Eles desistem logo. Dizem: “Tentei expulsar a fantasia, mas não deu certo”. Eu lhes pergunto: “Por quanto tempo fizeram isso?” Quanta rigidez exerceram em sua mente? Lembre: a mente é um músculo. Você pode flexioná-la com violência. Tome o reino de Deus por esforço (Mt 11.12). Seja brutal. Mantenha diante de seus olhos a promessa de Cristo. Agarre-a. Agarre-a! Não a deixe ir embora. Continue segurando-a. Por quanto tempo? Quanto for necessário. Lute! Por amor a Cristo, lute até vencer! Se uma porta automática estivesse para esmagar seu filho, você a seguraria com toda a sua força e gritaria por ajuda. E seguraria aquela porta... seguraria... seguraria... Jesus disse que muito mais está em jogo no hábito da lascívia (Mt 5.29).
Apreciar — aprecie uma satisfação superior. Cultive as capacidades de obter prazer em Cristo. Uma das razões porque a lascívia reina em tantas pessoas é porque Cristo não lhes é muito cativante. Falhamos e somos enganados porque temos pouco deleite em Cristo. Não diga: “Esta conversa espiritual não é para mim”. Que passos você tem dado para despertar sua afeição por Cristo. Você tem lutado por encontrar gozo? Não seja fatalista. Você foi criado para valorizar a Cristo — de todo o coração — mais do que valoriza o sexo, o chocolate ou o açúcar. Se você tem pouco desejo por Cristo, os prazeres rivais triunfarão. Peça a Deus que lhe dê a satisfação que você não tem. “Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias” (Sl 90.14). E olhe... olhe... e continue olhando para Aquele que é a pessoa mais magnificente do universo, até que você o veja da maneira como Ele realmente é.
Mover – mova-se da ociosidade e de outros comportamentos vulneráveis para uma atividade útil. A lascívia cresce rapidamente no jardim da ociosidade. Encontre algo útil para realizar, com todas as suas forças. “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11); “Sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Co 15.58). Seja abundante em atividades. Faça alguma coisa: limpe um quarto, pregue uma tábua, escreva uma carta, conserte uma torneira. E faça tudo por amor a Jesus. Você foi criado para administrar e trabalhar. Cristo morreu para nos tornar zelosos “de boas obras” (Tt 2.14). Substitua as concupiscências e paixões enganosas por boas obras.
John Piper
quinta-feira, 4 de março de 2010
Por Que Somos Indiferentes Quanto ao Retorno de Cristo

Logo depois do término da primeira guerra mundial, ouvi um grande pregador do sul dizer que temia que o intenso interesse pela profecia generalizada naquela época resultaria na morte da bendita esperança quando os eventos provassem que os entusiásticos intérpretes estavam errados. O homem era profeta, ou pelo menos um estudioso notavelmente perspicaz da natureza humana, pois aconteceu exatamente e que ele predisse. A esperança da vinda de Cristo está quase morta hoje em dia entre os cristãos bíblicos. Não significa que tenham abandonado a doutrina do segundo advento. De modo nenhum. Tem havido, como todas as pessoas bem informadas sabem, um ajustamento entre alguns dos pontos doutrinários menores do nosso credo, mas a imensa maioria dos evangélicos firmes continua sustentando a crença em que Jesus Cristo algum dia voltará de fato à terra em pessoa. A vitória final de Cristo é aceita como uma das inabaláveis doutrinas da Escritura Sagrada. É verdade que em alguns rincões as profecias da Bíblia são expostas ocasionalmente. Isto acontece especialmente entre os cristãos hebreus que. Por razões muito compreensíveis, parecem sentir-se mais perto dos profetas do Velho Testamento do que os crentes gentios. O amor que votam a seu povo leva-os naturalmente a apegar-se a toda esperança de conversão e restauração última de Israel. Para muitos deles o retorno de Cristo representa rápida e feliz solução do "problema judeu". Os longos séculos de peregrinação terminarão quando Ele vier, e Deus nesse tempo restaurará "o reino a Israel". Não ousamos deixar que o nosso profundo amor por nossos irmãos cristãos hebreus nos cegue para as óbvias implicações políticas deste aspecto da esperança messiânica. Não os censuramos por isso. Apenas chamamos a atenção para o fato. Todavia, o retorno de Cristo como bendita esperança está quase morto entre nós, como já disse. A verdade referente ao segundo advento onde é apresentada hoje, é na maior parte acadêmica ou política. O jubiloso elemento pessoal falta por completo. Onde estão aqueles que
"Tanto anseiam pelo sinal ó Cristo, do Teu cumprimento; pelo chamejar desvanecem, dos Teus passos em Teu advento?"
A aspiração por ver a Cristo que queimava o peito daqueles primeiros cristãos parece ter-se queimado toda. Tudo que resta são cinzas. É precisamente o "anseio" e o "desvanecimento" pelo retorno de Cristo que distingue entre a esperança pessoal e a teológica. O mero conhecimento da doutrina correta é pobre substituto de Cristo, e a familiaridade com a escatologia do Novo Testamento nunca tomará o lugar do desejo inflamado de amor de fitar Sua face. Se o ardoroso anelo desapareceu da esperança do advento hoje, deve haver razão para isto; acho que sei qual é, ou quais são, pois há um bom número delas. Uma é simplesmente que a teologia fundamentalista popular tem dado ênfase à utilidade da cruz, e não à beleza dAquele que nela morreu. A relação do salvo com Cristo é apresentada como contratual, em vez de pessoal. Tem-se acentuado tanto a "obra" de Cristo, que esta eclipsou a pessoa de Cristo. Permitiu-se que a substituição tomasse o lugar da identificação. O que Ele fez por mim parece mais importante do que o que Ele é para mim. Vê-se a redenção como uma transação de negócio direto que "aceitamos"; e à coisa toda fica faltando conteúdo emocional. Temos de amar muito a alguém, para ficarmos despertos esperando a sua vinda, e isso talvez explique a ausência de vigor na esperança do advento entre aqueles que ainda crêem nela.Outra razão da ausência de real anseio pelo retorno de Cristo é que os cristãos se sentem tão bem neste mundo que têm pouco desejo de deixá-lo. Para os líderes que regulam o passo da religião e determinam o seu conteúdo e a sua qualidade, o cristianismo tornou-se afinal notavelmente lucrativo. As ruas de ouro não exercem atração muito grande sobre aqueles que acham fácil amontoar ouro e prata no serviço do Senhor cá na terra. Todos queremos reservar a esperança do céu como uma espécie de seguro contra o dia da morte, mas enquanto temos saúde e conforto, por que trocar um bem que conhecemos por uma coisa a respeito da qual pouco sabemos? Assim raciocina a mente carnal, e com tal sutileza que dificilmente ficamos cientes disso. Outra coisa; nestes tempos a religião passou a ser uma brincadeira boa e festiva neste presente mundo, e, por que ter pressa quanto ao céu, seja como for? O cristianismo, contrariamente ao que alguns pensaram, é forma diversa e mais elevada de entretenimento. Cristo padeceu todo o sofrimento. Derramou todas as lágrimas e carregou todas as cruzes; temos apenas que desfrutar os benefícios das suas dores em forma de prazeres religiosos modelados segundo o mundo e levados adiante em nome de Jesus. É o que dizem pessoas que ao mesmo tempo afirmam que crêem na segunda vinda de Cristo. A história revela que os tempos de sofrimento da igreja têm sido igualmente tempos de alçar os olhos. A tribulação sempre deu sobriedade ao povo de Deus e o encorajou a buscar e a esperar ansiosamente o retorno do seu Salvador. A nossa presente preocupação com este mundo pode ser um aviso de amargos dias por vir. Deus fará com que nos desapeguemos da terra de algum modo — do modo fácil, se possível; do difícil, se necessário. É a nessa vez.
A.W. Tozer
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